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  • Foto do escritorLuxo Aju

Hospital de Cirurgia faz implante raro em paciente com nanismo

Tendo o pioneirismo, a ciência e o amor como marcas fortes de sua história, o Hospital de Cirurgia (HC) – unidade referência em média e alta complexidade em Sergipe –, mais uma vez, mostrou que busca prestar uma assistência de qualidade e eficaz aos seus pacientes. A instituição realizou um implante ortopédico raro em Sergipe: inseriu na região do fêmur de uma paciente com nanismo uma haste intramedular que normalmente é destinada para o braço.


Natural da cidade de Itabaianinha, Normelita da Silva foi a paciente que se beneficiou com o implante raro. Em 2022, ela teve uma fratura após uma queda e passou por uma cirurgia com colocação de material convencional. Contudo, não houve consolidação (osso não foi colado), resultando em uma complicação conhecida como pseudoartrose, onde o osso não se regenera adequadamente.


Diante da situação, em novembro de 2022, Normelita deu entrada na Urgência Ortopédica do HC com uma refratura de fêmur. A solução do seu caso só veio após a colocação da haste intramedular destinada para o braço, que possibilitou melhora significativa da mobilidade. Após a operação, ela recebeu acompanhamento médico no Ambulatório de Consultas do hospital de forma quinzenal, posteriormente, mensal e, um ano e sete meses depois, teve alta completa.


Diferencial do tratamento


Responsável pela condução do procedimento cirúrgico inovador, o médico ortopedista Dr. Paulo Salotti, que também é coordenador do Serviço de Ortopedia do HC, dá mais detalhes sobre o caso da paciente Normelita da Silva.


“Em junho de 2022, dona Normelita teve um acidente no qual fraturou o fêmur do lado direito. Essa fratura não consolidou e seis meses depois evoluiu com a quebra da placa usada na primeira cirurgia. Isso se configura tecnicamente numa pseudoartrose. Após análises, constatamos que, o diferencial do tratamento dela, em relação ao restante dos inúmeros pacientes que tratamos com diagnóstico semelhante, é que a pseudoartrose do fêmur foi devido à sua altura. Vimos, então, a necessidade de se encontrar um material que fosse compatível com o tamanho dela”, relata.


Dr. Paulo Salotti salienta o fator que gerou o ineditismo no tratamento feito com a paciente com nanismo. “O que teve de diferencial no caso de dona Normelita foi que conseguimos usar no fêmur dela um implante que se usa habitualmente no braço. Isso torna o caso dela único e raro. Em Sergipe, com certeza, não tem nenhum resultado semelhante”, afirma.


Gratidão ao HC


Completamente recuperada após quase dois anos de acompanhamento médico no Cirurgia, Normelita da Silva é só felicidade e gratidão à equipe do hospital. “Desde a minha primeira cirurgia, fui muito bem tratada aqui, muito bem tratada mesmo. Até hoje, tive um acompanhamento com o doutor Paulo e a equipe dele”, disse a paciente no dia que teve alta completa.


“Eu tenho um carinho muito especial por toda a equipe do Paulo, principalmente com o Paulo. Todo mundo que me acompanhou da entrada da Ortopedia até a cirurgia, até o dia da minha alta, me tratou super bem”, finalizou Normelita da Silva.

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