Pensando cada vez mais na saúde da mulher e nas melhoras científicas que podem ser aplicadas no dia a dia de cuidados do paciente com câncer, a Unidade Prática Integrada Saúde da Mulher, da Rede Primavera, reuniu no dia 21 de julho, oncologistas, ginecologistas, mastologistas e radiologistas, em um evento muito importante, onde foram apresentadas as atualizações do cenário do câncer de ovário, com discussões de casos clínicos, novidades relacionadas ao tratamento e cuidados de paciente com câncer feminino. A palestrante foi a oncologista clínica do Hospital Sírio-Libanês e uma das maiores especialistas em câncer de ovário do Brasil, Dra. Daniela de Freitas, que fez uma explanação também sobre a importância das mulheres incluir visitas anuais ao ginecologista, se submeterem aos exames necessários e ficar em alerta sobre alguns sinais que podem servir de alerta, como dores pélvicas persistentes, não restritas ao período pré-menstrual, inchaço abdominal, flatulência, dor lombar persistente, sangramento vaginal anormal, febre recorrente, dores de estômago ou alterações intestinais, perda de peso acentuada, anormalidades na vulva ou na vagina e fadiga.
De acordo com o oncologista clínico e coordenador médico do Centro de Oncologia da Rede Primavera, Dr. Michel Fabiano, os tumores de ovário acometem geralmente mulheres com idade acima de 60 anos e são diagnosticados em uma fase mais avançada, quando o tumor já saiu dos ovários e se implantou em outras regiões do abdômen. Apesar de grandes avanços com a quimioterapia, a cirurgia segue sendo o tratamento mais importante. Os principais fatores de risco para esse tipo de tumor são: idade avançada, história familiar de câncer de ovário, obesidade e ausência de gestações. Por isso, debates como esse são fundamentais para a disseminação, troca de conhecimento entre os especialistas e, principalmente, para a atualização de estudos e condutas científicas a respeito do tema. "Novas drogas estão surgindo e estamos conseguindo tratar cada paciente de forma diferente com resultados surpreendentes", ressaltou.
Segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer(INCA) para o triênio 2020-2022, 96.180 casos novos de cânceres de mama e ginecológicos (tumores femininos) surgem por ano, em todo o Brasil. Os tumores mais frequentemente diagnosticados anualmente nas mulheres brasileiras são: câncer de mama, com 66.280 casos, cólon e reto, com 20.470 casos, colo do útero, com 16.710, pulmão, com 12.440, e tireoide, com 11.950. O câncer de ovário ocupa a 7ª posição, com 6.650 casos, seguido do de corpo do útero, com 6.540 casos. Dados do Estado de São Paulo apontam 18.280 novos casos de câncer de mama, 6.750 de cólon e reto, 4.100 de tireóide, 2.690 de pulmão, 2.250 de colo do útero, 1.590 de ovário e 1.600 de corpo do útero.
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